Bert Hellinger, criador das constelações familiares, descobriu, ao longo de sua prática terapêutica, a existência do que denominou “ordens do amor”, que são dinâmicas ocultas, ou leis sistêmicas, que regem os relacionamentos humanos. São três leis básicas: (1) direito ao pertencimento, (2) ordem de precedência e (3) equilíbrio entre dar e receber. Em muitas situações de crise ou conflito dentro de relacionamentos, pode-se de fato observar a violação de alguma destas leis.
Segundo o juiz Sami Storch, precursor do uso das constelações familiares no sistema judiciário brasileiro, e autor da expressão ‘Direito Sistêmico’, “Os conflitos entre grupos, pessoas ou internamente em cada indivíduo são provocados em geral por causas mais profundas do que um mero desentendimento pontual.”
O olhar sistêmico no contexto da mediação amplia a compreensão sobre as dinâmicas ocultas nos conflitos, que podem ter raízes profundas, que não dizem respeito, necessariamente, à outra parte, mas sim ao passado familiar de cada um, inclusive de gerações anteriores.
As constelações familiares constituem um recurso poderoso para sensibilizar as partes de um conflito familiar, conduzindo-as a um reconhecimento mútuo, à amenização de ressentimentos e a um efetivo respeito entre si, favorecendo a conciliação.
Na mediação sistêmica, além de buscarmos um olhar mais amplo e abrangente em relação ao indivíduo e à questão que nos é apresentada, utilizamos, quando conveniente, exercícios de constelação familiar para trazer à tona as raízes ocultas do conflito e os caminhos para a pacificação.
Procuramos conduzir as pessoas envolvidas em um conflito a reconhecerem a verdadeira raiz da desarmonia, promovendo uma melhor comunicação entre as pessoas, ajudando-as a caminhar em direção à satisfação de suas necessidades, e visando uma solução verdadeira e definitiva para o conflito.